10 de Novembro de 2011
No terceiro dia fomos para o TST, o Tribunal Superior do
Trabalho. Lá conhecemos todo o prédio e tivemos a oportunidade de assistir uma
plenária, que teve a presença da ministra Rosa Maria, recentemente indicada
pela Pres. Dilma para fazer parte do STF. Como a indicação era recente e havia sido
publicada há dois dias no Diário Oficial da União, os outros ministros do TST a
parabenizaram e fizeram algumas homenagens à ministra.
Depois do TST fomos almoçar no décimo andar do Anexo IV. O
restaurante é uma cozinha-escola do Senac e é tudo muito chique, fora a
variedade regional dos pratos. Lá tem uma vista panorâmica linda da capital
federal.
Bom, começa agora a parte mais desesperadora da viagem: O almoço no
Anexo IV.
Fomos todos lindos e maravilhosos para o restaurante. Eu,
curiosa como sou, me atrevi a experimentar arroz com pequi e outras coisas que
eram novidades pra mim. A picanha – claro, porque os deputados não querem
almoçar mal! – rolou solta no meu prato. Mas digo a vocês uma coisa: Pobre é
uma desgrama! Eu, após ter almoçado, vendo aquela linda ilha de saladas e a ilha
de sobremesas me esperando, resolvo comer só salada! Pego todos os tipos mais
esquisitos de folhas que existiam na ilha. Flor comestível? Uau! Onde mais eu
terei oportunidade de comer isso eu pensei, logo em seguinda lotando meu prato
de flor coméstivel.
Na primeira garfada sinto algo estranho, mas reluto –
imagina que bafão deixar a comida no prato só porque o gosto é exótico demais
para o meu humilde paladar? Nada disso! Bora comer isso, Liedinha! Hoje eu vejo que teria
sido melhor parar por aí mesmo, mas continuei.
Imendei a segunda garfada a um gole de suco para ajudar a descer
aquele mato todo. Na terceira garfada tudo volta. Entrando em desespero penso: “Desce,
desce, desce!”. Mas ao tentar fazer aquele troço voltar guela abaixo, eis que
mais um pouco resolve voltar. Nessa hora minha mãe falava toda serelepe ao
telefone e nem percebia que eu estava tentando cutucá-la por debaixo da mesa
para que ela me salvasse. Insisti, mas minhas pequenas pernas não encontraram as da
minha mãe. Não teve jeito: Numa fração de segundos peguei o guardanapo que
estava no colo, cobri o rosto e despejei tudo no prato. Olhei todo aquele
vomito e vomitei mais ainda. Sentia o rosto queimar. Minha mãe, após desligar o
telefone dizendo: “Perai, a Liedinha tá vomitando aqui no restaurante”, pede
desesperada “tampa, tampa, tampa!”. Ela chama o garçom e volta a comer
normalmente, enquanto eu procuro desesperada o caminho do banheiro.
Cheguei no banheiro e vomitei mais ainda. Não sei até hoje o
que aconteceu, mas com certeza foi aqueles benditos matos estranhos e flores. É bem verdade aquela história de que a curiosidade mata, hein! Ao me olhar no espelho percebo que além
de estar com o rosto todo vermelho (não era a toa que ele queimava tanto!),
também estava com a maquiagem toda borrada no estilo Panda! Que beleza! Me
recomponho e volto para a mesa. O garçom, sempre muito discreto e gentil, perguntou se eu gostaria de ir para o ambulatório da Câmara ou se fosse preciso, eles viriam até mim. Mas já estava tudo bem e recusei agradecendo a preocupação. Ele me
ofereceu uma água – tudo que eu queria nessa hora era atenção e quase me
apaixonei por ele, até eu aceitar sua gentileza e ele dizer: “Senhora, então me
empresta sua comanda”. Ahhhhhhh, mas quê, fiquei revoltada. Mas moço, nem
comer eu não comi, pq tudo que entrou, saiu rapidinho. Quase morri, andei o
restaurante inteiro a procura do banheiro enquanto eu estava parecendo um zumbi
e você não pode me dar nem uma água? Pode ser da torneira mesmo! Mas esses
deputados não tem dó de ninguém mesmo, hein? Bom, isso foi só o que eu pensei
em dizer, porque na verdade eu apenas sorri desconcertada e dei a comanda para
ele. E acreditem se quiser, ainda voltei para a ilha das sobremesas! Qual é? Tô
paaaagando! Hahahaha (O tal do garçom ficou tão esperto que deve ter ido buscar
até um balde quando me viu indo comer mais!)
Depois de quase morrer no restaurante, ainda tinha um dia longo pela frente...
Fomos para o Congresso Federal. Andamos sei lá quantos quilômetros
a pé e pelo subterrâneo. Foi de deixar os pés cansadérimos, mas valeu a pena.
Fomos até o Salão Verde do Congresso e é um lugar muito
bonito. Bem tranqüilo apesar de movimentado, com várias obras de artes e é ótimo para sentar nos pufes e ler um bom livro.
O que
gostei muito também no Salão Verde foi a exposição de presentes recebidos de
chefes de Estado. Tem presentes muito lindos, tipo um porta-jóias todo
trabalhado, com ouro e sei lá mais o quê, dado pelo chefe da Palestina. Uma
miniatura lindíssima, com ouro também, de uma carruagem, recebida pelo chefe da
Tailândia.
Fomos então para a Câmara dos Deputados, o plenário é muito
bonito. No painel alegava 410 deputados presentes, mas em plenário não existiam
mais do que dez e certamente não prestaram atenção no que era discursado. Por isso, se um dia você (sim, você que está lendo isso aqui)
assistir a TV CÂMARA, não vá pensando que aquele deputado discursando está
falando para alguém... Às vezes ele está falando sozinho mesmo, viu? E ainda
tem gente que me chama de louca quando eu digo que adoro falar sozinha. Vai
entender!
Logo após, atravessando apenas um corredor, já estávamos no
plenário do Senado Federal, que foi o meu preferido por ser o mais bonito. Lá
também o número de senadores presentes ainda era menor do que o número de
deputados no plenário visitado anteriormente.
Tanto na Câmara quanto no Senado é terminantemente proibido entrar
com qualquer coisa que não seja a sua roupa do corpo. Existem cofres lá fora
onde você guarda absolutamente tudo antes de entrar. Só é permitido que os
homens levem carteira, mas ninguém se atreve e guarda no cofre mesmo!
Uma curiosidade: O plenário do STF é amarelo, o da Câmara
dos Deputados é verde e o do Senado Federal é azul. Sim, as cores da bandeira
nacional. Eu nunca tinha reparado nisso!
Ainda no final da tarde fomos para o Palácio da Alvorada, “a
casa da Dilma”. É um lugar, como quase tudo em Brasília, muito lindo.
Para encerrar as atividades diurnas, passamos pela Ponte JK
e fomos até o Pontão do Lago Sul. No Pontão há vários restaurantes, bares, a
vista é maravilhosa, ótima para fotografar ou só para relaxar um pouco!
Quando eu achei que meus pés não agüentariam mais uma hora
de andanças, finalmente fomos para o hotel. Mas a noite é uma criança e viagem
sem balada, não dá!
Vimos o pôr-do-sol na piscina do hotel, uma galera reunida
conversando, se conhecendo, rindo e sendo feliz. Quando eu contei da minha experiência
traumatizante no restaurante ninguém acreditou, disseram que fui muito
discreta! Hahahaha
A noite estava muito bonita, pois foi nosso primeiro dia sem
chuva em Brasília. Fomos para a balada, porque não somos de ferro! Garota
Carioca superou expectativas. Nos divertimos muito e os pés nem se lembraram
mais do cansado do dia!
Altas horas da madruga boladona voltamos para o hotel, ainda
escrevi um pouco e fiz hora até dormir. Tinha apenas um sentimento: “Quero mais
Brasília!”
O dia seguinte seria o último dessa viagem...
(Continua no próximo post...)
 |
Todo mundo no TST. |
 |
Eu seduzindo no TST! hahaha |
|
 |
Depois de quase ter morrido em Brasília! |
|
 |
Adorei essa decoração: simples e fica linda! |
|
 |
Mamãe aproveitando a vista panorâmica no restaurante. |
 |
No Salão Verde do Congresso |
 |
Nem parece mas eu já quase não tinha mais pés a essa altura da viagem. |
 |
Tem manga na casa da Dilma |
 |
Palácio da Alvorada, a casa da Dilma. |
 |
Pontão do Lago Sul |
 |
A cerca viva da Alvorada |
 |
Ponte JK
|
 |
Pôr-do-sol e pessoas legais, quero mais o quê? |
 |
Divertindo muito no Garota Carioca! |
|