Chegamos em Brasília e logo já percebi que seria uma viagem surpreendente.
A começar pelo clima: Dizem que raramente chove em Brasília e uma leve chuva
nos apresentava à capital...
A cidade não tem obras de arte, ela é uma obra de arte! Cada
cantinho, cada detalhe da cidade tem significados muito interessantes. Eu que
adoro História me senti tendo aulas práticas sobre os “50 anos em 5: Plano de
Metas do Pres. JK”.
O primeiro dia foi muito intenso e por isso cansativo. Depois
de um almoço no Boteco do Juca (aliás, super recomendo!), fomos para a Catedral
Metropolitana de Brasília. Bom, como muitas obras de arte daquela cidade, a
arquitetura da Catedral possibilita várias interpretações e é linda! Cada detalhe
muito bem trabalhado e pensado. Oscar Niemeyer caprichou!
Duas coisas me surpreenderam na Catedral: Ela é subterrânea
e lá podem ser realizados casamentos – achei que por ser patrimônio histórico
fossem raras as atividades sociais públicas.
Depois da Catedral fomos para o Memorial JK. No primeiro
andar está exposta a vida política de JK, sua biblioteca – que tem em exposição
(com direito a alarme para ninguém se aproximar!) a primeira edição do primeiro
livro de Shakespeare. Nesse andar também há o escritório do Presidente. Adorei
o fato dos moveis e objetos serem totalmente originais, pois é a família Kubitschek quem administra
o Memorial. Aliás, nesse andar também está em exposição homenagens recentes
direcionadas ao JK e a Dona Sarah, mas que são recebidas hoje por uma neta
deles.
Já no segundo andar, está exposta um pouco da vida social do casal Kubitschek.
Há roupas em exposição, quadros, fotos – inclusive do Pres. JK numa roda de música
com o Milton Nascimento! Em uma sala toda de mármore com chão de veludo
vermelho há um os restos mortais do JK. É uma sala que eu achei muito especial,
porque o tempo todo o brasiliense e os candangos deixam claro seu respeito e
admiração por JK, então estar naquela sala, que é muito bonita e
simples, emociona.
Depois do Memorial, já de saco cheio da chuva, fomos para o hotel.
E a noite, um forró muito engraçado! Não tem como descrever, mas para um começo
de viagem, rendeu algumas risadas.
O segundo dia foi menos cansativo, mas ainda assim, muito
importante. Logo pela manhã fomos a uma palestra sobre “Ética na Advocacia” na
OAB-DF. Do tema mesmo, não houve muita novidade. A parte mais legal dessa
visita foi eu ser sorteada para ganhar o livro “Capitalismo Cognitivo” (que
fala sobre o Fordismo, que eu adoro estudar!).
Depois do almoço seguimos para o STF, Supremo Tribunal
Federal. Um super esquema de segurança para entrar lá: pegam todos os seus dados pessoais, endereço, telefone, tudo que vocês imaginarem e ainda tiram foto da pessoa. Nos dão um "crachá" para entrar no Plenário. No dia 9 de Novembro a Ficha Limpa seria votada e nós estávamos convidados
para assistir essa plenária. Era um momento muito importante para o país e eu
estava ali, vivendo ele ao vivo e a cores, muito de perto. Fiquei muito feliz!
Assistir ao vivo uma sessão do STF, para quem geralmente assiste pela TV
Justiça, é uma experiência muito legal. Tudo me surpreendeu, desde o tamanho do
plenário, a disposição das cadeiras, a posição em que as câmeras da TV ficam...
Foi muito especial. Lá fora havia uma manifestação e faixas pedindo a aprovação
da lei. Mas no final da plenária o ministro Joaquim Barbosa pediu vista e a
votação foi adiada.
Depois do STF ainda fomos para o Anexo IV da Câmara dos
Deputados. Coisa de louco aquele lugar. Muita gente pelos corredores e em cada
detalhe do prédio você enxerga um “superfaturamento”. Incrível! Os absurdos vão
desde a colocar portas aonde é só corredor, passam pela esteira rolante que
existe para que os estimados deputados não precisem se cansar andando de um
lado a outro da Câmara e vão até o fato de que dos 10 elevadores que existem no
prédio, 4 são de uso exclusivo de parlamentar. Lindo isso, nós os elege e
eles não querem dividir o elevador com a gente? Sacanagem!
A noite fui ao Shopping Pátio Brasil jantar com a minha mãe!
Fiquei decepcionada! Sei lá por qual motivo, eu achava que este era um shopping
famoso e por isso o imaginei no estilo “Shopping Parque Dom Pedro” aqui de
Campinas. E ele não passa de um “Campinas Shopping”. Hahhha Mas lá eu comi a
melhor pizza da minha vida. As lojas, de modo geral, não são caras –
algumas são mais baratas do que aqui em Campinas.
A chuva continua. O cabelo sobrevive. No próximo post tem mais!
(Continua no próximo post...)
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Brasília: uma obra de arte. |
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