30 de abril de 2012

Pescadora de ilusões...

Às vezes preciso me afastar de algumas pessoas. Reservar um tempo para renovar as energias. Para ler aquele livro que está me esperando há meses. Pra sair da correria do mundo, me desligar de tudo mesmo, respirar fundo e relembrar quem sou, o que gosto, observar onde estou e relembrar aonde desejo chegar.
Pago um preço alto pela coragem de viver os meus sonhos. Sou forte, abraço o mundo e se algo tem que ser feito, faço da melhor forma possível. Bem verdade que isso muitas vezes me custa mais do que noites em claro, mas energia física e mental. Tem hora que tenho vontade de abandonar tudo e não pensar em absolutamente nada, por pelo menos um dia. Mas o tempo ruge, a vida é uma caixa de surpresas e ela não pode parar. Realizar sonhos às vezes me custa abdicar de uma tarde com a família, de uma noite com os amigos, de deixar sempre para o mês que vem a leitura do livro, algumas vezes, adiar até o “eu te amo”. E quantas vezes na correria dos dias não há tempo de lembrar as pessoas o quanto eu as amo.

Essa semana cheguei a um ponto de esgotamento físico e mental, que precisei lembrar até do amor próprio. E que desespero é o esgotamento! O mundo parecia desabar nas minhas costas. Uma hora eu estava tão visivelmente esgotada, que os colegas da faculdade perguntaram se eu estava triste. Quando transbordei, só consegui chorar. E na situação em que estava vivendo, ainda não podia chorar em público. Algumas vezes as pessoas fazem de você o porto seguro delas, então como desabar junto?

Chorar em lágrimas, em cansaço, no medo desesperador que a vida nos impõe por nos dedicarmos tanto a algumas coisas e deixar de lado outras. Medo de não dar tempo. De não ter demonstrado todo o amor. De perder para sempre pessoas que amamos. E a gente chora. Chora. Chora. Chora. Chora até sem saber o porque ou pra quê. Chora sem ninguém ver. Por dentro e por fora.

Tem horas que penso não ser capaz de viver bem a vida que escolhi. Até aonde eu suporto? Quando isso vai acabar? Mas na verdade, eu sei que não existe vitória sem esforço. Lembro-me de um trecho de algum texto que diz “Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje. Mas nunca desista.”

Mas era preciso me dar um descanso, um final de semana que fosse, sem pensar em nada, sem me preocupar com nada. Recuperei as energias, principalmente a mental, e estou pronta para mais uma maratona. Que venham os cupcakes!

 Agora me sinto feliz por ter conseguido me isolar e viver por dois dias só coisas que me fazem feliz e me dão tranqüilidade. Às vezes penso que não vou agüentar toda essa correria e dedicação por seis anos, mas ainda bem que tenho ao meu lado uma família maravilhosa e acolhedora. Desculpem-me por estar tão ausente em suas vidas. Obrigada por confiarem na minha capacidade, por investirem em mim, por me compreenderem quando eu mesmo não me compreendo mais.

Mas às vezes é preciso parar de correr atrás das pessoas, pra ver quem realmente se importa e virá atrás da gente.

Nunca canso de dizer que estou aonde eu sempre desejei estar, desde o começo me prontifiquei a empenhar toda a dedicação do mundo e fazer tudo da melhor forma possível, por mais caro que isso me custe agora. Hoje, mais calma, posso perceber que tem valido a pena. E somos. E sou feliz!

29 de abril de 2012

Outrora poça. Agora poço.


Às vezes me sinto poça. Outras vezes, poço.
Sou tão pequena e ainda me perco em mim. Minha grandiosidade está na profundidade.
Sou profunda. Por isso você joga uma pedra e sequer consegue ouvir o barulho que ela faz na minha superfície. As pessoas têm mania de querer ouvir o “plaft” que a pedra faz.
Jogam uma, duas, três pedras e a profundidade impede qualquer barulho. Sou protegida contra ecos.
As pedras caem, machucam a superfície e tudo que eu grito ninguém ouve. Sou profunda demais e sem eco, ninguém me escuta.
Então me vejo assim: com terreno depressivo (geograficamente falando), com mais altos do que baixos, ainda bem. Mas um poço cheio  de feridas, e o fato de eu aprender a viver sem lembrar dessas feridas, não significa que elas estão curadas.
Desculpem-me os otimistas, mas o tempo não cura nada não.

27 de abril de 2012

Feriaaaaaaado, cadê você?

Lieda pira na Esamc, mas ama!

Pra resumir a minha semana e a minha noite de agora:


Ninguém disse que seria fácil, apenas que valeria a pena. E tem valido! Já disse muitas vezes de que estou exatamente aonde sempre desejei estar, e por isso tenho aproveitado todos os momentos da melhor forma possível! Amo muito tudo isso, mesmo pirando algumas vezes.

Maaaaas eu quero o feriado! Tempo pra falar com o meu amor! Encontrar minha família, comer a comida da minha avó. Encontrar minhas amigas. Sair com a minha mãe. Dooooormir. Dooooormir! Não pensar em absolutamente nada preocupante por um dia!

Mas tenho sido muito feliz, isso que importa.

Agradeço muuuuito ao meu amorzinho lindo, as minhas amigas mais fofas do mundo Tati e Bru, e família, pelos incentivos, confiança, apoio e paciência. Me desculpem por ficar ausente da vida de vocês em alguns momentos, vocês mais do que ninguém sabem o quanto essa fase tem sido importante pra mim e o quanto desejei e planejei ela. Obrigada sempre!!!

Agora beijoks porque ainda tem uma análise setorial me esperando.

Já disse que saio da formatura direto pro hospício? hahahahahhaa




22 de abril de 2012

Dia da Terra

Sou absolutamente apaixonada pela vida e ser feliz é a minha forma de agradecer por ter o privilégio de estar vida.

Amo viver aqui com todas as coisas boas e ruins, com as pessoas que amo, com as que aprendo a amar, com as que apenas convivo e basta. Com os banhos de chuva, o vento que refresca, o pôr-do-sol que emociona, sorriso que conforta e a lágrima que alivia. Penso que embora breve e inexplicável, a vida sempre vale a pena.

Aô mundããão, num acaba nããão!

21 de abril de 2012

 

"Sou absolutamente feliz por hoje estar onde sempre desejei estar, mesmo tendo que assumir todas as consequências, boas ou não, e me dedicado sem medir esforços. Porque isso aqui não é apenas um objetivo meu, é uma conquista conjunta. Tá me vendo aqui? Mas não estou sozinha! Lá em casa tem gente que gosta e que confia em mim, que está feliz por eu estar aqui e também por elas, eu vou viver agora a melhor versão de mim."


Resumo de uma conversa boa que tive outro dia com uma grande amiga.

Sou feliz, tenho uma família maravilhosa e amigos que admiro muito. Isso que importa!

19 de abril de 2012

♥ Paloma Gusson Segura.


A morte continua sendo um mistério pra mim. Porque leva pessoas tão queridas? Tanta gente chata e desonesta nesse mundo e porque levar justamente as felizes e amáveis?

Há um ano eu me sentia perdida de uma forma assustadora pra mim. O tempo passou e todos nós tivemos que viver com a sua ausência. Você viu o quanto a minha vida mudou em um ano? Você sabe que todas essas mudanças foram pensadas a partir de todas as coisas boas que aprendi com você. Tenho certeza de que você foi uma pessoa feliz, sem medo das consequências. Um dia eu também serei.

Longe dos olhos, mas dentro do coração.

 Saudades, Palominha.

17 de abril de 2012

O jornalismo em 2060. Como será?

Trabalho interdisciplinar de Língua Portuguesa, com a galerinha do Jornalismo. Foi muito legal gravar as entrevistas na Band Campinas. Bati um super papo com profissionais de programas que eu já curti muito. Adorei! Aliás, valeu Karina Salla, minha colega de jornalismo e que agilizou todo os contatos na Band. Você é foda, Ká! Adoro.

Esse trabalho reeeendeu, hein! Ainda bem que no final dá tudo certo. E foi divertido!

Espero que vocês também gostem....



Gostaria de acrescentar mais pessoas nos agradecimentos, mas ficaria gigante, então vai por aqui mesmo:

Minha família, por mergulhar comigo nas minhas decisões e loucuras. Por confiarem e investirem em mim!
Meus melhores amigos, por acreditarem no meu potencial e me incentivarem sempre.
Nadir, por confiar em mim, pelos projetos que tem pensado pra nós, os livros de presente e o carinho.
Querida Ceci, florzinha, pela amizade, carinho, preocupação e confiança.
Bruna, amiga recente que já conquistou meu coração. Pela confiança sempre e por ser minha companheira acadêmica e, cada vez mais, de vida também. Obrigada, Bru!
Minha equipe do jornalismo, pela confiança sempre!
Meu pai, ser o meu crítico de textos, vídeos, projetos, idéias e tudo. Pelo carinho, paciência e investimento.
Especialmente à minha mãe, pelo amor recíproco, confiança, investimento, paciência - muita paciência e por me fazer acreditar que tudo vale a pena nesta vida.

13 de abril de 2012


Gosto de ser livre. De ter a chance de acertar ou errar e aprender muito em cada um desses momentos. De ter a oportunidade de decidir me afastar de quem não me faz bem e de ir ao encontro de quem me faz feliz.  De poder pensar, escrever e dizer o que, quando, onde, com quem e pra quem eu quiser. Embora adore a suposta estabilidade emocional que os relacionamentos proporcionam, tenho deixado as pessoas livres também. Algumas preferiram continuar aqui comigo. Outras talvez um dia voltem...  No final da peça, quando as cortinas se fecharem anunciando o momento dos aplausos, só restarão quem realmente me ajudou a fazer valer a pena. Não gosto de gente de alma pequena.

(Agora mesmo.)

5 de abril de 2012

De Abril a Abril.


Abril é, há pelo menos uns três anos, um mês importante para mim e por isso sempre tiro alguns dias para fazer uma balanço da minha vida nesse um ano que passou.

Foi no mês de Abril de 2009 e de 2011 que perdi definitivamente pessoas que tem importância até hoje na minha vida.
Apesar do longo período doente, ver o meu avô falecer me mostrou, da forma mais cruel que a vida poderia ter mostrado, que a morte está muito perto de mim. É absolutamente óbvio que entre a morte e a vida há uma pequena distância, mas eu nunca compreendi isso tão completamente até o vô João falecer. E por isso eu comecei a dar muito mais valor a vida e a minha família.

Mas perder alguém doente e já com idade avançada é parte da vida. Porém, em Abril de 2011, especificamente no dia 18, um acidente tirou do meu alcance uma amiga que me ensinou muito mais do que amizade e companheirismo, mas me ensinou absolutamente tudo que eu penso hoje sobre a felicidade. E embora uma morte trágica, tenho certeza de que a Paloma foi a pessoa mais feliz do mundo. Me vi extremamente perdida ao constatar com meus próprios olhos a sua morte, ao observar o  seu corpo frio e sem vida. Não nos víamos há um tempão, mas ela sempre esteve nos meus pensamentos, justamente por ser uma pessoa tão marcante na minha vida. Era como o sol, que nem sempre eu vejo, mas tenho certeza que ele existe.

Embora eu ame ser feliz e estar transbordando felicidade, é nos momentos difíceis da vida que eu mais aprendo sobre a própria vida. Tem até uma frase que eu gosto, vi uma vez no final de uma novela e que diz: “É na experiência da vida que o homem evolui”.

Relembrando e analisando tudo que aconteceu na minha vida entre Abril de 2011 até o de 2012, posso dizer que em muitos momentos a tristeza parecia que seria eterna. Mas assim como as tempestades passam, eu me reencontrei, na verdade, eu me reconheci de uma maneira que eu nunca tinha me percebido antes. Foi um período muito meu, onde mergulhei em mim e me desafiei a me conhecer. E foi difícil, muito difícil. Convivi com extremos de mim: tristeza profunda, felicidade incomensurável. Aprendi que não sou dessas pessoas comuns, capazes de aceitar tudo e de se aceitar muito fácil, por isso reservar Abril para me observar e melhorar no que sentir vontade, se tornou uma necessidade.

Talvez hoje eu compreenda melhor a morte. Já entendi que as pessoas tem uma missão e entendi até qual foi a missão do meu avô e da Palominha em minha vida. Mas hoje eu me preparo para a morte. Penso em perder as pessoas todos os dias, por isso eu sinto profunda vontade de dizer para algumas pessoas o quanto eu os amo, de encontrá-las e abraçá-las com toda a minha sinceridade, de às vezes deixar de lado tudo que tenho para fazer e sair para jantar com as pessoas que eu adoro estar junto. Até de parar tudo que estou fazendo para fazer-lhes um favor, dar uma carona que seja. Preciso aproveitar todos os minutos que posso com elas. Preciso que elas saibam o quanto os amo e o quanto são importantes. Não espero reciprocidade, nem faço questão de dividir a conta da pizzaria, eu pago tudo, não tem problema, dinheiro nenhum no mundo é mais importante do que os momentos em que posso estar com essas pessoas. Nada me faz mais feliz do que tratá-las com todo o carinho que merecem e que eu sinto, mas que muitas vezes, por ser uma pessoa muito fechada, eu me neguei a demonstrar tanto afeto.

Mais do que os meus anjos e as pessoas que ainda posso conviver, também amo profundamente pessoas que moram longe mas que estão no meu coração. Algumas dessas pessoas sequer podem imaginar o quanto eu os amo.

Reunir minhas primas e levá-las para a jantar (mesmo elas estranhando a minha insistência) e nos divertirmos juntas. Receber uma sms de uma prima que mora longe durante o dia, dizendo que sente saudades. Ser acordada com um “Oi gente”. Voltar a conversar com uma pessoa que amo muito, que se tornou muito mais do que um grande amor na minha vida, mas acima de tudo o meu melhor amigo, porto-seguro, pau-para-toda-obra, e ouví-lo dizer no telefone o quanto a  nossa amizade é importante para ele também, e ainda ouvir que me ama. Presentear as pessoas, seja com um valor material ou apenas com um bilhetinho no meio da agenda. São coisas que dinheiro nenhum compra e que, embora eu sinta remorso por me dedicar tanto aos estudos e por isso ficar menos tempo com essas pessoas, eu sei que elas também estão realizando os seus próprios sonhos e que da mesma forma que torço pelo sucesso delas, elas também torcem pelo meu. (Aliás, essa história de remorso rendeu uma conversa muito legal com a Bru na faculdade. Me segurei pra não chorar! Rs. – A Bruna é um anjinho de amiga que reconheci esse ano e que qualquer dia escrevo sobre ela!)

Definitivamente de Abril a Abril minha vida mudou completamente. Interiormente, os planos, objetivos, os amigos, a faculdade, a vida em si.

Estou muito feliz por ser quem sou, por estar aonde estou, por estar conquistando todos os meus sonhos e por poder compartilhá-los com pessoas tão queridas.

Confesso que ir na casa da Vó Bel sempre será algo estranho pra mim. Ainda vejo o meu avô em todos os cantos daquela casa. Sinto a sua presença na casa e em minha vida, de uma forma muito positiva. E que penso na Paloma todos os dias sem exceção. Foi a pessoa mais feliz que eu já conheci até hoje e tento todos os dias pôr em prática o que ficou dela em mim. Se eu conseguir ser pelo menos dez porcento do que tenho certeza que a Palominha foi feliz, para mim já será o suficiente.

Meu super apego as pessoas é realmente medo de perdê-las. Ultimamente mesmo, tenho observado muito os meus avós. Não imagino a vida sem eles. Se eu pudesse pedir apenas uma coisa para o universo, é que os fizessem eternos. Tenho um amor profundo por eles. Admiração, respeito, orgulho também.  Mas já estão velhinhos, embora ainda inteligentes e ativos, mas a idade avançada deles já desperta em mim um desespero pela certeza imprevisível da perda.

Mas mesmo assim, tenho certeza de que tudo está valendo a pena na minha vida. Que todas essas pessoas estão felizes e orgulhosas por mim. E pra mim, isso é o mais importante.

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (Charles Chaplin)



“Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.” (Millôr Fernandes)