28 de dezembro de 2011

"É ele" - Parte 3


Hoje nem pelas ligações a gente se fala mais. Eu te quero aqui pertinho, do meu lado, mas isso não é possível agora. Mas quero tanto, você não faz idéia.

Aprendi muito sobre a vida em dois anos de convivência. Você sabe que foi você quem me ensinou a sorrir mais, a não levar tudo tão a sério – porque há coisas que não valem a dor de cabeça. Me ensinou que demonstrar carinho e amor não é sinônimo de fraqueza e por isso eu não preciso me fazer de durona. Posso dizer que amo, posso dar abraços e presentes inesperados. Posso chorar também, sem me preocupar se as pessoas vão me achar fraca demais. Você sempre dizia que eu precisava permitir que a vida acontecesse e parar de tentar controlar tudo. Hoje eu faço tudo isso e a vida se tornou tão mais leve, surpreendente e com muito mais momentos alegres.

Já com o nosso distanciamento aprendi muito sobre o amor em geral e sobre o meu amor por você. Confesso que eu não tinha noção de como o meu amor por você era grande e forte. Suportar o insuportável foi muito difícil, pois a razão dizia “pára de sofrer, desista” e a emoção dizia “continua, vai valer a pena um dia”. Hoje me sinto muito mais madura pessoalmente, fisicamente e sentimentalmente.

Vai valer a pena um dia. Ou porque a historia finalmente vai tomar o rumo que desejo, ou porque a vida vai me provar que ela deveria mesmo acabar para uma nova começar. Não sei, não faço idéia. Só sei que em algumas circunstancias as pessoas são insubstituíveis. E é assim que eu sinto você na minha vida: insubstituível.

Você sabe que não está sendo fácil lidar com a vontade de se entregar mas não ter a coragem e ainda assim ter medo de um dia ser tarde demais.

Seja como tiver que ser, só não deixe que a amizade morra. Sabemos o quanto nossa amizade (além do amor) é essencial em nossas vidas. Eu não sei por que você me procurou naquela ligação de cem reais, mas seja pelo motivo que tiver sido, saiba que eu estou aqui ainda. Esperando uma ligação, uma resposta, uma visita.

Nada disso vai passar. Lembro que numa das últimas ligações, eu disse “Ligando a essa hora? Que foi? Lembrou de mim?” e você respondeu “Eu nunca esqueço de você”. Um silencio sucedeu a ultima frase. Mas não era qualquer silencio. Era silencio que sucede frases que dizemos por impulso, sem pensar muito e sem tem tempo de medir a sinceridade. Quase um “bateu, levou”.

Hoje quando penso em você não tenho mais os mesmo sentimentos do primeiro encontro, quando nos conhecemos. Os sentimentos estão mais fortes, mas o pensamento ainda é o mesmo: “É ele”.

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