26 de fevereiro de 2013

Um conselho sobre a vida: Viaje muito!



Viajar é uma paixão, um objetivo e em determinadas situações, uma prioridade. Não há nada no mundo que eu goste mais do que sair pra conhecer o que acontece fora da minha casa, fora da minha zona de conforto. Eu posso ficar dias pensando se aceito ou não o convite para aquela festa, mas se for pra decidir viajar ou só preciso confirmar se tenho dinheiro, que não vou comprometer a faculdade ou o trabalho e que tenho crédito no celular. Porque as passagens eu agilizo pela internet e a mala fica pronta antes mesmo da impressora terminar de imprimir meu bilhete. Nem me importo se vou sozinha ou não.

Ainda bem que tenho o privilégio de ter uma família que apóia e ajuda a financiar os meus planos mais doidos, acho que por isso conheci tantos lugares diferentes no Brasil. Às vezes penso quanto já viajei sozinha nesse mundão e me orgulho pela minha coragem, mas acima de tudo agradeço a minha família pela oportunidade. Nessas viagens todas aprendi a controlar meu dinheiro. Que posso ligar pra minha mãe na hora do apuro, mas que terei que resolver sozinha a situação. Que o simples é feliz, que o simples pode ser muito divertido, que existe muito o que conhecer na vida e que por isso, não devo nunca me restringir ao meu pequeno campo de visão atual. Dá sempre pra explorar outros pontos de vista.

Em todos os lugares que estive conheci pessoas especiais, como aquele garoto que conheci indo para o Tocantins que largou a família para estudar em São Paulo, que reconhecia todo o esforço do seu pai para mantê-lo na capital paulista e que já dizia ser eternamente grata a confiança que seu pai lhe depositava. Uma pena eu não lembrar o seu nome, mas o seu destino era o Pará. Almoçamos juntos alguns salgadinhos, bolacha e conversamos quase as 24 horas que fiz de viagem. Ele ainda tinha mais umas 10 pela frente.  

Como a Rebecca que conheci há alguns viajando para o interior de São Paulo, cheia de sonhos e ansiosa para acabar a faculdade no ano seguinte.

Como o Marcos, um cara gente boa que é de Poços de Caldas, namora uma moça de Atibaia e faz doutorado na Ilha Solteira. Me ensinou um pouco sobre engenharia e eu lhe ensinei um pouco sobre como treinar o cérebro para escrever melhor. Ele reclamou por ter brancos na hora de escrever sua tese.

O Jorge, que conheci em MG e que queria ficar comigo, mas acabamos a noite contando histórias de rolos do passado. hahahaha Perdi a chave do carro e ele ajudou bastante nesse dia. Muito simpático!

Também me lembro de Juliana que veio da Bahia pra São Paulo trabalhar e ficou grávida. Anos depois estava voltando à sua terra pra que os pais pudessem conhecer a sua filha.

Como esquecer do casal mais fofo que já conheci na vida? Dona Cleire e Sr. Adilson, meus companheiros no vôo até Brasília. Em certo momento do vôo ele se virou e disse “Meu amor, não disse que te levaria às alturas?”. Eu como espectadora fiquei sem reação. São casados há muitos anos e o romantismo ainda transborda pelos poros. Depois desse vôo recebi o convite para ir ao aniversário da dona Cleire, no qual ela ganhou um anel lindo do seu querido esposo. 

Em alguns anos de viagens, em roteiros diversos, pude conhecer muito sobre a vida, sobre as pessoas e expandir meus horizontes. Na verdade todas essas viagens marcaram muito a minha vida, porque tomo decisões importantes nelas. Por exemplo, foi na Bahia que decidi sair do Direito e fazer Jornalismo, também pra conhecer as pessoas e o mundo. Cada viagem é uma recarga de inspiração, criatividade e positividade. Todas as pessoas me ensinaram muito ao compartilharem um pouco de suas histórias comigo, se tornaram inspirações. Assim como as paisagens, os céus estrelados, as montanhas, o pôr-do-sol, a caatinga e tudo o que me faz ter idéias para alguma frase, algum texto.

Hoje tenho algumas preferências:

Para pensar na vida e me desligar do mundo: Tanhaçu – BA.
Pra reencontrar os meus amigos mais animados: Angra dos Reis – RJ.
Pra morrer de calor: Gurupi – TO.
Pra ter certeza de que estou na terra do sertanejo: Goiânia – GO.
Para me sentir em casa: Pereira Barreto – SP.
Para lavar a alma: Ubatuba – SP
Pra morrer de tanto comer doce: São Vicente – SP.
Pra ver o campo: São Sebastião do Paraíso – MG.
Pra me sentir dentro de uma novela: Rio de Janeiro – RJ.

Pra me sentir na cidade mais louca, legal, diversificada culturalmente e ter certeza de que dá pra conhecer um pouco do mundo inteiro sem sair do Brasil: Sem dúvidas, São Paulo – SP.
Em breve planejo voar ainda mais alto e longe. Quero conhecer outros cantos do mundo.
Viajar é um investimento que traz retorno intelectual, que talvez as pessoas não consigam medir, porque não é tão palpável quanto uma casa ou um carro, mas que com certeza transforma as nossas vidas e nos mostra que há muito que ser descoberto e que sempre, sempre, mesmo que você se veja com o pneu furado na Trans-amazônica às 5 da manhã, sempre vale à pena.

Angra - RJ

Brasília - DF

Tanhaçu - BA

Carnaval em São Paulo

São Sebastião do Paraíso - MG

Ubatuba - SP

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