10 de janeiro de 2013

SMS entregue.



E então, me encarou fundo nos olhos. Me puxou pra perto. Vi meu reflexo no olho dele. Nossas respirações se confundiam. 

Me olhou por alguns minutos sem saber o que dizer. Eu só queria conseguir ler os seus pensamentos. Ele se afastou e eu pude ter certeza que ele acabara de travar uma luta interna. Mal sabe ele que eu já perdi a minha faz tempo!

Peguei o meu celular, porque nada o irritava mais do que eu me distrair com o celular na companhia dele. Enviei uma sms. Meio segundo depois ele a leu: “Me olha.” Se aproximou de novo, já ofegante e ansioso. 

“Me olha de novo!”, eu disse na segunda mensagem. Eu poderia ter dito tudo pessoalmente, mas quebrar aquele silêncio enlouquecedor era uma missão difícil demais pra mim. Ele então segurou minha cintura com o braço esquerdo, enquanto o direito ainda segurava o celular.

“Agora diz que consegue me esquecer. Diz?”. Me beijou. O mundo parou. Eu e ele. Ele e eu. Segurei a sua nuca, acariciei aquele rosto que eu nunca esqueci. Os celulares já estavam no chão, quebrados, moídos, mas não havia problema, pelo menos não eram mais os nossos corações.

Abri o olho rapidinho, apertei o seu braço. Me certifiquei de que era real. Estávamos juntos, nos beijando e nada mais importava no mundo. Nada mais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário