12 de junho de 2012

Feliz dia dos... suportáveis?

Queria que esse texto fosse a minha visão sobre como é namorar, mas decidi tomar um rumo diferente e fazer uma crítica baseada na minha experiência amorosa, sobre como tem sido as relações hoje em dia.
Obs: Doa a quem doer, essa é a minha opinião formada por uma coleção de desilusões, um amor intenso e muitas experiências de vida.
Quando conheci alguém que acelerava meus batimentos cardíacos, fomos apenas amigos por seis meses. Namoramos oficialmente um ano e meio. Estamos separados há um ano e três meses. Somos algo indefinido há pelo menos uns nove meses.

Como quase todos vocês já sabem, meu amor teve quase todos os tipos de provações que podem existir:

- O época do Japão, mais do que tudo, foi uma grande provação. Eu amava intensamente alguém que havia visto apenas uma vez, mas que confiava muito e desejava muito bem. CONFIANÇA.
- Driblamos a distância de oceanos. A decisão dele de vir embora e a minha de recebê-lo, não parece, mas foram difíceis. Um mundo completamente novo se apresentava a nós e nem estávamos tão preparados como desejávamos. DISTÂNCIA.

- Como se não bastasse, no Brasil a distância continuaria existindo. A confiança se fortaleceu, o carinho, compreensão e respeito tomaram conta do nosso ser.
- Aprendemos a conviver com as nossas diferenças e percebemos quais eram os nossos limites. Aprendemos a nos completarmos com as coisas que tínhamos de melhor. ENCAIXE.

- Mas infelizmente uma hora precisamos fazer escolhas importantes nas nossas vidas: os sonhos! Tornamos-nos adultos e sequer sabíamos como reagir a isso. Nos afastamos de uma maneira desesperadora, até que terminamos o namoro. ESCOLHAS. DECISÃO.
- A vida continuou como deveria continuar. Mas dizem por aí que tudo que for verdadeiro, volta. Um dia, num começo de noite o telefone toca e eu nem conseguia acreditar na voz do outro lado da linha. EMOÇÃO. ALEGRIA. RESPEITO.

- Muito mais do que um amor inacabado, foram a confiança, o encaixe, o respeito, o carinho que temos um pelo outro e pela história bonita que vivemos juntos que nos aproximou novamente. E é exatamente isso que acontece e que nos une sempre, cada vez mais.
- Fico muito feliz por termos conseguido entender que o amor que temos um pelo outro pode existir independente de estarmos juntos ou não. Em um namoro, o amor verdadeiro não é apenas beijos, abraços e aceitação. Amor de verdade é respeitar o outro por quem ele é, pelo que vivemos juntos. Admirar a outra pessoa pelas conquistar boas, as qualidades, o bem enorme que ela nos faz. Desejar estar perto não pra que possam se beijar, porque isso é conseqüência, mas que olhando nos olhos dela você consiga expressar, sem dizer nada, o quanto você a ama, o quanto ela é importante e o quanto você deseja que ela seja feliz.

Amar é um conjunto de coisas boas que inclui aprender a respeitar as diferenças, as particularidades, história e escolhas de cada um, ainda que essas escolhas te afetem diretamente e lhe causem muitas lágrimas.
Tenho lido declarações com “Obrigada por me suportar”. Não acredito que isso seja amor de verdade. No amor a gente aprende a conhecer e a conviver, jamais a suportar. Até porque não é necessário beijar, abraçar e desejar alguém que você simplesmente suporta.

Quando conhecerem o amor de verdade verá que ele é persistente, esperançoso, muitas vezes bobo, e nem por isso quando algo desagrada devemos deixar de provocar uma boa D.R. e no final ser feliz para sempre.
Isso é amor, dá pra vocês entenderem? Conviver sim com as diferenças, expressar os medos, a angústia, chorar, chorar, rir... Ser abraçada pelo amor da sua vida, ou se irritar com ele e ficar um dia sem se falarem pra depois retomar o contato como se nada tivesse acontecido. Mas acima de tudo, aprender a conviver e a respeitar as diferenças. Nunca. NUNCA! Nunca encarar essa convivência como algo que você tem que suportar.

Ahhh... Feliz para sempre!

Nota mais pessoal que o texto: Fico muito triste de ver que existem pessoas que veem o amor como relação de obrigações e perfeições, quando é na verdade um mundo de diferenças e imperfeições, mas que podem sempre serem transformadas em algo bom, em virtude.


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