Mais do que natal, ano novo, época de festas ou sei lá o quê
essa época represente pra você, é um tempo de reflexão.
Estamos há uma semana do último dia de 2011. Para alguns o
tempo passou rápido demais. Para outros talvez tenha passado tão devagar que
tenha se tornado uma tortura vivê-lo.
O que você estava fazendo há exato um ano? Onde estava? Com
quem você estava? Quais eram seus planos? E a vida, como estava?
Umas coisas permaneceram. Outras mudaram radicalmente. Já
pensou em tudo que viveu esse ano? O quanto isso tudo te ensinou sobre a vida,
os amigos, a família e o amor? E os planos, você conseguiu realizá-los ou eles
mudaram? O quanto sofreu esse ano? E as lágrimas, tiveram algumas de
felicidade? Você conseguiu entender que o sofrimento faz parte do
amadurecimento para valorizarmos ainda mais a felicidade?
E hoje, o que você está fazendo? Está aonde? Você está
exatamente onde queria estar? Com quem? Falta alguém para seu dia ficar ainda
mais feliz? Quais são os planos para o ano que vem? Você tem preparado um plano
B, já que percebeu que a vida é cheia de surpresas? E a sua vida, como está?
Você está vivendo tudo o que sempre quis viver? Orgulha-se disso? Como você
quer que a sua vida esteja daqui um ano?
Estive pensando muito sobre isso essa noite. E peço pra que você
também reflita sobre isso. Pensar o que fomos e de onde viemos, o que queremos
ser e pra onde queremos ir, é uma forma de nos conhecermos cada vez mais e
saber quais erros não cometer de novo. E de não nos desviarmos do caminho que
pensamos ser o correto.
Estive pensando que há um ano fui impulsiva demais e isso
magoou pessoas que nunca me imaginei viver sem, mas que tive que aprender a
viver sem. Se eu pudesse voltar no tempo e mudar isso, com certeza faria tudo
diferente. Não foi um final de ano muito feliz, embora eu estivesse com quem eu
gostaria de estar. Mas os sentimentos, as decisões e o ano que estava pra
começar me confundiam muito, mas nessa época eu não falava sobre isso com
ninguém.
2011 foi o ano mais louco da minha vida. Não me orgulho em
dizer que foi um ano triste e que eu mais sofri em toda a minha vida. Muitas
vezes o sofrimento parecia eterno. Não me orgulho, mas hoje sei que foram os
momentos ruins que me fizeram amadurecer e ser uma pessoa que está encerrando o
ano sendo muito mais forte do que quando ele começou. Embora os sentimentos
ainda me confundam muito. Eu sei o que sinto, só não sei o que fazer com tudo
isso.
Na reflexão eu me dei conta de que minha vida mudou muito mais
do que eu tinha percebido. Perdi tanto em 2011, que fiquei perdida. Perdi uma
amiga que sempre fora muito especial. Perdi um grande amor. Perdi a chance de
conviver com pessoas que amo. Perdi a direção e mudei de rumo. Ainda bem que
minha família e uns amigos estiveram ao meu lado para me dar um norte de novo.
Encerro o ano mais difícil da minha vida tendo a certeza de
que fiz as escolhas certas nos momentos de decisões sérias. Algumas pessoas
nunca vão compreender isso, mas eu nem me preocupo mais em relação a isso.
Não estou agora aonde eu gostaria de estar, nem com as
pessoas que eu gostaria de estar, nem vivi nesse ano a vida que eu gostaria de
ter vivido e provavelmente ainda ficará uma parte incompleta para o ano que
vem. Porque há espaços que não podem ser preenchidos, porque em algumas situações
as pessoas são insubstituíveis.
Mas quero tanto um ano novo novinho em folha, com novidades
boas e surpresas maravilhosas. Quero poder desfrutar da boa sorte que tive em
algumas situações e finalmente viver um pouco da vida que eu desejo pra mim em
2012.
Não faço idéia de onde estarei no ano que vem, com quem,
como estarei. Sei lá o que acontecerá até lá, mas com certeza serão coisas
muito boas. Sei que a vida depende de mim e eu farei dela a mais feliz do
mundo. Chorar agora só se for de felicidade. No mais, espero ter olhos mais
secos em 2012.
2011 foi extremamente triste, mas foi o ano que eu mais
conheci a mim mesma. Que mais me fortaleci interiormente e que amadureci
também.
A única frase que me vem a cabeça agora, nesse final de ano,
é:
“Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”.
(Escrito agora. Em 24 de dezembro de 2011)
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