Vivo várias formas de amor: Minha mãe é uma extensão de mim,
um amor incondicional. Meu amor pela minha tia me mostra que o amor não tem
mesmo explicação. Minha avó me proporciona o amor corajoso, porque com ela
aprendo que nada é impossível e nunca é tarde demais. Meu avô desperta em mim um
amor louco: uma felicidade enorme por tê-lo vivo e um medo
mortal de perdê-lo.
Meu pai desperta em mim um amor intelectual, aquele que me
mostra que “amor enche barriga, mas não mata a fome!”, que me incentiva (mesmo
sem saber) a ler, estudar, ser curiosa, desvendar o mundo que me espera fora da
minha casa.
Tenho alguns amigos que me apresentam o amor companheiro,
aquele que vez ou outra estará ao seu lado. Com alguns é a aquele amor que você sabe
que pode ligar as três da manhã para contar uma idéia ou para contar um drama e
essa pessoa sempre te ouvirá da forma mais carinhosa e atenciosa do mundo.
Mas existe ainda a história de amor mais legal, por vezes desastrada, mas muito feliz, que já vivi. Só tenho
dezenove anos e talvez seja cedo para dizer que fulano é “o amor da minha
vida”. Mas existe um sentimento tão forte, que apesar da minha pouca idade, já sei que nenhuma história é igual a outra, que as pessoas não são substituíveis, porque
elas são únicas. Eu amo tanto uma pessoa que sou capaz de vê-la com outra,
só para vê-la feliz, mesmo que eu não me perdoe nunca por isso. Aqui dentro
existe uma saudade tão grande que às vezes não agüento carregar. Quando a
saudade, em qualquer uma das "formas de amor", é demais, ela transborda pelos olhos.
(Lieda Gomes)
- Escrito em 14 de Outubro de 2011, pra variar, numa dessas madrugadas produtivas. -
Uma extensão de mim. |
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