3 de novembro de 2011

Considero justa toda forma de amor.


Vivo várias formas de amor: Minha mãe é uma extensão de mim, um amor incondicional. Meu amor pela minha tia me mostra que o amor não tem mesmo explicação. Minha avó me proporciona o amor corajoso, porque com ela aprendo que nada é impossível e nunca é tarde demais. Meu avô desperta em mim um  amor louco: uma felicidade enorme por tê-lo vivo e um medo mortal de perdê-lo.
Meu pai desperta em mim um amor intelectual, aquele que me mostra que “amor enche barriga, mas não mata a fome!”, que me incentiva (mesmo sem saber) a ler, estudar, ser curiosa, desvendar o mundo que me espera fora da minha casa.

Tenho alguns amigos que me apresentam o amor companheiro, aquele que vez ou outra estará ao seu lado. Com alguns é a aquele amor que você sabe que pode ligar as três da manhã para contar uma idéia ou para contar um drama e essa pessoa sempre te ouvirá da forma mais carinhosa e atenciosa do mundo.

Mas existe ainda a história de amor mais legal, por vezes desastrada, mas muito feliz, que já vivi. Só tenho dezenove anos e talvez seja cedo para dizer que fulano é “o amor da minha vida”. Mas existe um sentimento tão forte, que apesar da minha pouca idade, já sei que nenhuma história é igual a outra, que as pessoas não são substituíveis, porque elas são únicas. Eu amo tanto uma pessoa que sou capaz de vê-la com outra, só para vê-la feliz, mesmo que eu não me perdoe nunca por isso. Aqui dentro existe uma saudade tão grande que às vezes não agüento carregar. Quando a saudade, em qualquer uma das "formas de amor", é demais, ela transborda pelos olhos.

(Lieda Gomes)
- Escrito em 14 de Outubro de 2011, pra variar, numa dessas madrugadas produtivas. -

Uma extensão de mim.



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