Engraçado como as pessoas gritam suas supostas mudanças aos
sete ventos e se julgam melhores que os outros por conta disso. Não sou radical
ao ponto de pensar que ninguém pode ser tornar uma pessoa melhor, mas sei o
quanto essa é uma tarefa difícil.
Só com a convivência é possível reconhecer novos hábitos e
antigos defeitos. Ultimamente tenho percebido que anos de experiência tornaram
certas pessoas ainda mais hipócritas e ignorantes do que sempre foram. Maturidade,
humildade, amor por si mesmo e pelos outros não são adquiridos pelos anos de
vida, mas pelas experiências.
Enfim, tenho pensado que as experiências transformam muitos
aspectos da vida, mas que somente a morte é capaz de nos fazer repensar tudo e
realmente revolucionar a vida.
Não tirando os méritos de quanta vida tem nossos anos, mas
quando perdemos alguém muito especial, tudo passa a ter um sentido diferente.
Hoje, em um momento difícil da vida às vezes parece que não vou agüentar tantos
baques, então eu penso “não morri com a morte, não vai ser a vida quem me
derrubará”. Quando me submeto a situações ridículas ao ponto de me exigirem
mais lágrimas do que sorrisos, eu só preciso lembrar que “o despedício da vida
está no amor próprio que não nos damos”.
Eu sei que a vida é importante, mas tudo de mais significativo
que aprendi foi com a morte. A morte de um futuro que eu nunca vou saber como
seria, a morte de alguém especial que foi embora tão cedo que não tive tempo e
espaço para amá-lo como gostaria, a morte de alguém que era acima de tudo um
grande amigo, um ídolo e um fã. A morte de um passado feliz, de expectativas
motivadoras e de um amor que nunca vai deixar de existir... Quanta falta você me
faz, Fábio. Quanta vida eu ainda gostaria de compartilhar com você. Sua morte
encerrou tudo, mudou tudo, mas deu inicio ao infinito.
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