3 de fevereiro de 2013

Algum medo de verdade



Todos os dias vivemos muitas coisas em apenas 24 horas. Um mix de sentimentos e emoções o dia todo. Fragmentos da vida que nos fazem ser quem somos, assim mesmo, cheios de qualidades e defeitos, de expectativas e frustrações. 

Acho que todo dia deveríamos enfrentar alguma coisa que nos dá medo de verdade. Seja lá o que for. Pode ser o medo de dirigir, o medo de alguém especial morrer, não importa. Alguma coisa que você, se pudesse, evitaria a qualquer custo. Mas claro, vai encarar, de perto aberto e blindado.

Já tive medos imprevisíveis, como por exemplo, o medo de alguém especial falecer, mas tive que aprender na marra que isso não está sob meu controle e a mim cabe apenas aceitar e rezar para que fique tudo bem comigo e com quem partiu. 

Também já tive muito medo de morrer, o que hoje eu acho uma besteira. Talvez morrer seja a única certeza na vida. Se tudo der certo ou der errado, não importa, no final todos vamos virar um amontoado de cinzas e algumas boas lembranças no coração de quem ficar.

Eu ainda tenho alguns medos, uns sequer dependem de mim e essa é a pior parte. Eu poderia listá-los, mas perderia a graça saciar a tua curiosidade. Apenas saiba que quando o dia termina, fecho os olhos pra dormir, começo a pensar na vida e no dia que tive, eu sempre penso: “Ufa! Por hoje eu venci. Tomara que amanhã dê tudo certo também.”

E é justamente essa a reflexão que eu quero, ou pelo menos tentei causar: Não podemos controlar tudo e algumas coisas talvez aconteçam sem que você queira, mesmo que isso signifique que o medo te venceu, sendo, portanto, que o que você mais temia aconteceu. Se o medo te vencer, fecha os olhos, respira fundo, pode chorar a vontade, mas supere tudo e esteja pronta pra outra. E se por hoje quem vencer for você, desejo que você não desanime. Acredite! Espero que amanhã tudo dê certo de novo.

O medo nada mais é que um sentimento. E os sentimentos, bons ou ruins, estremecem a vida, nos dando a certeza de que vivemos intensamente e não apenas existimos. 

Simples assim...

“Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos, um livro mais ou menos.
Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo.
O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.”
(Martha Medeiros)

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