22 de janeiro de 2013

Porque tudo precisa de explicação?



Desde que me conheço por gente quero entender tudo e todos. Preciso ter explicações pra saber onde estou pisando, não sei me jogar no escuro e foram poucas as vezes da vida em que eu abandonei a minha mania de certezas e me permiti ser apenas feliz.

Porque amor e não amizade? Porque fulano e não ciclano? Porque ser ou não ser correspondida? Porque Direito e não Jornalismo? Porque 9ª CIA de GD e não EsPECEx? Porque Japão e não Brasil? Porque Brasil e não a minha casa? Porque morrer quando já planejamos a vida toda? Porque viver a vida toda quando o desejo é morrer? Porque câncer e não virose?

Pensei que depois dos dezoito, conhecendo a vida adulta eu teria mais certeza do mundo. Que bobagem! Esqueceram de me avisar que os adultos, embora não pareçam, são as pessoas mais confusas do mundo. 

Talvez eu devesse perguntar menos e ser mais impulsiva. Às vezes em que fiz isso na vida foi quando fui mais feliz. A verdade é que nunca saberemos os porquês de tudo. Para conseguir entender a essência da vida é preciso parar de olhar pra fora e olhar pra dentro, porque quando me conheci de verdade – medos, alegrias, fraquezas e pontos fortes – eu pude desvendar muito do que acontece ao meu redor. Não que eu ainda não questione tudo, mas agora tenho a percepção de encontrar respostas por conta própria.

E a melhor resposta que eu tive da vida é que nada precisa de uma super explicação, porque, definitivamente, essa é a graça da vida. Não me jogar no escuro, mas viver um dia de cada vez e saber esperar as surpresas reservadas pela vida. Esperar ansiosa, roendo unhas, tendo insônia, mas esperar.

A vida é simples, não sei por que nós complicamos tanto! As respostas estão nos detalhes e eles fazem tudo valer à pena.

Já dizia Mario Quintana: 

“Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação.”


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