Tenho pensado que o tempo tem passado rápido demais. Às
vezes tenho a impressão de que pisquei os olhos e agora meus amigos estão
ficando noivos, casando, tendo filhos. Que meus primos ontem tão pirralhos
agora já namoram há anos, dirigem e já estão na faculdade. As crianças que eram
meus bebês, hoje compram um Apple com a mesada poupada. Algumas pessoas
mudaram-se de país, outras foram embora pra sempre, porque encantaram-se,
faleceram.
Parece que foi no segundo passado que eu me formei no ensino
médio e achava a faculdade o mais perto da vida adulta que eu poderia chegar
em 2011. Ledo engano. Tive que aprender a tomar decisões importantes ciente das
conseqüências, descobri que viajar e escrever são umas das coisas que mais amo
no mundo e por isso, mudei todos os planos da minha vida e a faculdade. Entrei
numa viagem profunda pelo conhecimento interno. Paguei minha carta de motorista
com as minhas próprias economias, também paguei as parcelas do meu celular, fiz
um financiamento de anos – mas dos sonhos – e consigo honrá-lo sem atrasos. Aprendi
a lidar com minhas emoções e escolhas. Também aprendi a controlar o cartão de
crédito!
Agora a pouco eu pedia: “Mãe, nas férias eu posso ir a tal
lugar?” e “Pai, amanhã você me leva ao shopping?”. Eu ainda gosto de dizer aonde eu vou, mas as coisas mudaram
bastante. Posso comprar as passagens com o meu cartão e só dizer “Mãe, recebi
uma ligação e eu já to indo!”, no máximo tenho que responder: “Sim mãe, tenho
certeza!”. Já consigo pagar a gasolina e
o meu jantar com alguma amiga. “Mãe, você viu a chave do carro?”
Pensando bem, acho que o tempo passou rápido demais mesmo.
Eu adoro a independência que tenho cada vez mais, mas eu sinto saudades de
sentar no banco do carona, sinto mais saudades ainda de quando eu nem podia
sentir no banco da frente do carro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário