29 de janeiro de 2013

Aos sonhos interrompidos em Santa Maria

Gosto muito do programa Chegadas e Partidas, com a Astrid Fontenelle, no GNT.
Uma vez, enquanto conversava com uma moça que viajaria para o nordeste para enterrar sua mãe, a Astrid disse:

"Quando minha mãe morreu me disseram uma coisa tão bonita: A dor que você está sentindo é horrível e não tem tamanho, mas ela vai passar e no lugar dela vai vir uma saudade, que me faz até sorrir. Uma saudade das lembranças boas."

É uma lição que eu lembrei quando o Fábio morreu, que eu tive que aprender na marra, mas que hoje faz sentido pra mim. Ainda me pergunto porque é que as pessoas morrem jovens? Perdi grandes amigos jovens em acidentes tão estúpidos quanto essa tragédia em Santa Maria. Chorei por vidas que eram partes da minha e que tinham um futuro brilhante e feliz pela frente. Às vezes a vida parece cruel demais com esses que morrem jovens. Compreendi que devemos rezar todos os dias pedindo paz nos nossos corações e nos das pessoas que faleceram. Eu não sei como explicar isso teoricamente, mas algumas experiências me fizeram acreditar que toda a nossa dor atinge também quem morreu.

Ainda acho que é preciso chorar e viver o luto, mas precisamos aprender a lidar com as mudanças, seguir em paz e deixar com que as pessoas que um dia chamamos de anjos e agora estão entre eles, também sigam em paz.

Meu carinho e respeito pela dor de todas as famílias que tiveram que velar alguém especial nessa tragédia de Santa Maria, no RS.

Clique AQUI para ouvir a homenagem do escritor gaúcho Fabrício Carpinejar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário