Obs: Doa a quem doer, essa é a minha opinião formada por uma
coleção de desilusões, um amor intenso e muitas experiências de vida.
Quando conheci alguém que acelerava meus batimentos
cardíacos, fomos apenas amigos por seis meses. Namoramos oficialmente um ano e
meio. Estamos separados há um ano e três meses. Somos algo indefinido há pelo
menos uns nove meses.Como quase todos vocês já sabem, meu amor teve quase todos os tipos de provações que podem existir:
- O época do Japão, mais do que tudo, foi uma grande
provação. Eu amava intensamente alguém que havia visto apenas uma vez, mas que
confiava muito e desejava muito bem. CONFIANÇA.
- Driblamos a distância de oceanos. A decisão dele de vir
embora e a minha de recebê-lo, não parece, mas foram difíceis. Um mundo
completamente novo se apresentava a nós e nem estávamos tão preparados como desejávamos.
DISTÂNCIA.
- Como se não bastasse, no Brasil a distância continuaria
existindo. A confiança se fortaleceu, o carinho, compreensão e respeito tomaram
conta do nosso ser.
- Aprendemos a conviver com as nossas diferenças e
percebemos quais eram os nossos limites. Aprendemos a nos completarmos com as
coisas que tínhamos de melhor. ENCAIXE.
- Mas infelizmente uma hora precisamos fazer escolhas
importantes nas nossas vidas: os sonhos! Tornamos-nos adultos e sequer sabíamos
como reagir a isso. Nos afastamos de uma maneira desesperadora, até que
terminamos o namoro. ESCOLHAS. DECISÃO.
- A vida continuou como deveria continuar. Mas dizem por aí
que tudo que for verdadeiro, volta. Um dia, num começo de noite o telefone toca
e eu nem conseguia acreditar na voz do outro lado da linha. EMOÇÃO. ALEGRIA.
RESPEITO.
- Muito mais do que um amor inacabado, foram a confiança, o
encaixe, o respeito, o carinho que temos um pelo outro e pela história bonita
que vivemos juntos que nos aproximou novamente. E é exatamente isso que
acontece e que nos une sempre, cada vez mais.
- Fico muito feliz por termos conseguido entender que o amor
que temos um pelo outro pode existir independente de estarmos juntos ou não. Em
um namoro, o amor verdadeiro não é apenas beijos, abraços e aceitação. Amor de
verdade é respeitar o outro por quem ele é, pelo que vivemos juntos. Admirar a
outra pessoa pelas conquistar boas, as qualidades, o bem enorme que ela nos
faz. Desejar estar perto não pra que possam se beijar, porque isso é conseqüência,
mas que olhando nos olhos dela você consiga expressar, sem dizer nada, o quanto
você a ama, o quanto ela é importante e o quanto você deseja que ela seja
feliz.
Amar é um conjunto de coisas boas que inclui aprender a
respeitar as diferenças, as particularidades, história e escolhas de cada um,
ainda que essas escolhas te afetem diretamente e lhe causem muitas lágrimas.
Tenho lido declarações com “Obrigada por me suportar”. Não
acredito que isso seja amor de verdade. No amor a gente aprende a conhecer e a
conviver, jamais a suportar. Até porque não é necessário beijar, abraçar e
desejar alguém que você simplesmente suporta.
Quando conhecerem o amor de verdade verá que ele é
persistente, esperançoso, muitas vezes bobo, e nem por isso quando algo
desagrada devemos deixar de provocar uma boa D.R. e no final ser feliz para
sempre.
Isso é amor, dá pra vocês entenderem? Conviver sim com as
diferenças, expressar os medos, a angústia, chorar, chorar, rir... Ser abraçada
pelo amor da sua vida, ou se irritar com ele e ficar um dia sem se falarem pra
depois retomar o contato como se nada tivesse acontecido. Mas acima de tudo,
aprender a conviver e a respeitar as diferenças. Nunca. NUNCA! Nunca encarar
essa convivência como algo que você tem que suportar.
Ahhh... Feliz para sempre!
Nota mais pessoal que o texto: Fico muito triste de ver que existem pessoas que veem o amor como relação de obrigações e perfeições, quando é na verdade um mundo de diferenças e imperfeições, mas que podem sempre serem transformadas em algo bom, em virtude.
Nenhum comentário:
Postar um comentário