14 de fevereiro de 2012

Sem você aqui, o mundo não sorri.


Eu ainda tenho você porque ainda é a primeira pessoa que eu penso em pedir uma ajuda ou um conselho nas horas difíceis e quando tenho que compartilhar também as alegrias. Você me tem de várias formas, algumas até ignora. Sou sua amiga e dizem por aí, um norte também. Algumas vezes nos desentendemos, mas é extremamente chato viver um sem o outro.

Então eu estava pensando no que deixarmos as nossas vidas se tornarem. Em quantos milhares de coisas deixamos de viver juntos, porque decidimos viver separados – e em quantas mil coisas vivemos nessa fase.

Não me lembro mais como é o brilho dos seus olhos e nem exatamente o quão bom é o seu cheiro. Na verdade há poucas coisas que eu me lembre com total exatidão: o quanto é bom o seu abraço e o quanto ele é importante para mim.

Foram meses de espera. Anos de felicidade predominante. Aprendemos que juntos éramos pessoas muito melhores, mas mesmo assim insistimos em nos separar. Que merda virou todo isso, né? Olha só a bagunça que nossas vidas se tornaram.

Enquanto você estava há doze fusos de diferença, eu possuía muito mais certezas do que agora, quando você está há apenas um. Todos os mares e oceanos que nos separavam não nos distanciavam tanto quanto esses novecentos kilometros que agora nos separam.

A distancia física nunca foi um empecilho. Mas a mental nos mata aos poucos.
Eu não sei mais se existe um futuro. Não sei sequer se existe qualquer coisa, um resto de sentimento e confiança. Deve existir alguma migalha. Algum pedaço que se perdeu pelo caminho e conta as horas para que nós o encontremos.

Talvez todos os obstáculos sejam mesmo para tentar nos convencer de que devemos desistir. Talvez eles existam apenas para nos fortalecer. Algum motivo tem que ter. Alguma hora é preciso tirar o coelho da cartola e dar fim a tanto mistério e desorientação.

O mundo é bem cinza sem você aqui. E eu quero sol! Luz! Energia positiva!
Quero dias lindos, de temperatura amena e propícios à uma tarde caminhando até a sorveteria. E quero você como companhia.

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